quarta-feira, janeiro 17, 2018

NAS MANHÃS CLARAS

Porque as lembranças boas que guardei
Foram cortadas
Como se de cepos inúteis se tratasse,
Hoje pesa-me na memória
O vazio imenso que lá mora.

Como um tronco inerte,
Num mar de águas profundas,
Onde os gritos de protesto se afogaram,
O meu corpo vagueia, sem ruído
E o meu pensamento flutua, entorpecido.

É quando um vento inesperado
Traz até mim o som da tua voz
E nos meus olhos nascem as paisagens
De uma nova primavera,
Onde brotam tapetes de flores e de folhagem.

Chamo por ti, porque sei que tu virás
E trarás contigo nas manhãs claras
A melodia dos azuis
E o verde dos caminhos
Que cobrirão de luz a minha escuridão.

Imagem colhida na net.

Rosas

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